O caminho mais curto para a cidadania é a conscientização

Desde a elaboração do Programa Estágio de Nível Médio, ficava claro que seria precisa ter como um de seus pilares de sustentação o fortalecimento da educação formal e oferecer regularmente orientações que fornecessem repertório para que os estagiários pudessem ser apoiados em diferentes facetas de suas vidas.

Assim, pensar em ações socioedutivas significava encontrar estratégias de abordar temas dos mais variados para que os jovens encontrassem neles respostas as suas perguntas ou inseguranças.

Metodologicamente ficou claro que os temas teriam que ter periodicidade e interesse para toda a gama de estagiários para que a partir daí a participação fosse massiva e sua aplicabilidade também.

Em geral, optavam-se por temas ligados à carreira, saúde, educação e aspectos ligados à cidadania.

Nestas reuniões procurava-se acolher os jovens, permitir que pudessem se socializar e conhecer outros jovens de outros setores. Além disso, era um momento propício para terem a possibilidade de realizar testes vocacionais e ter feedback da Supervisora do Setor de Estágio de Nível Médio, Sonia Paes.

Tanto os testes vocacionais como os feedbacks tinham como objetivo auxiliar o jovem aprendiz a perceber seus pontos fortes e mais altos, assim como suas maiores dificuldades e como poderiam vencê-las. Ao mesmo tempo, davam a possibilidade aos estagiários de ganharem intimidade com o trabalho assistencial realizado pelo projeto e, em muitos casos, de aproximar o TRF5 das famílias destes jovens.

O Programa tinha este aspecto de procurar fazer a ponte entre o Tribunal e as famílias dos estagiários como forma de dar-lhes maior apoio e direcionamento às ações socioeducativas.

Dentre as muitas reuniões feitas – que eram mensais – podemos destacar às relacionadas a escolha de uma carreira e orientações profissionais. Incluíam-se também sugestões de como se preparar para processos seletivos e como montar um currículo adequado. Além disso, em várias oportunidades eram ensinadas etiquetas corporativas.
Para os que já iriam encerrar seus estágios e os que já o haviam terminado foi criado um banco de currículos para auxiliar na recolocação destes estagiários já como profissionais.

Outro pilar onde se assentavam as reuniões socioeducativas eram as que tinham que ver com orientações básicas sobre violência, drogas, métodos anticoncepcionais, educação financeira.

Já que a maioria destes jovens vinham de famílias com grandes vulnerabilidades sociais e financeiras eram imperioso orientar uma série de práticas para que fossem capazes de começar assumir as responsabilidades que a vida adulta traria.

Os profissionais que ofereciam estas palestram o faziam de forma voluntária e muitos eram do próprio TRF5.

O apoio socioeducativo também estava relacionado às praticas cidadãs. Assim, um tema sempre abordado era o do uso do voto como forma de exercício de cidadania.

Todo este esforço foi recompensado e deu muitos frutos.
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